4º Festival Internacional de Cinema de Paraty será realizado em novembro, no Centro Histórico da cidade
O diretor iraniano Jafar Panahi terá uma retrospectiva em sua homenagem e abre o Festival com o longa “Isto não é um filme”; o filme de encerramento será Girimunho dos mineiros Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina.
Sob o comando SACIP – Sociedade dos Amigos do Cinema de Paraty e da Villas Boas Entretenimento será realizado entre 10 e 15 de novembro no Centro Histórico do litoral fluminense. Serão cerca de 14 sessões de cinema por dia, todas gratuitas. Serão três locais de exibição, o Cinema, a Tenda e a Cine Tela.
Segundo Suzana Villas Boas, Diretora do Festival Internacional de Cinema de Paraty, a programação para este ano é abrangente, revelando o que vem sendo feito de mais inovador na cinematografia mundial, sob um ponto de vista ousado, proporcionando ao público conhecer diferentes tendências artísticas do cinema contemporâneo.
Uma das novidades esse ano é a mostra competitiva Novos Olhares, que vai exibir oito longas-metragens de jovens diretores do mundo todo, como a francesa Mia Hansen-Love, o mexicano Matías Meyer e o sul coreano Park Jung-Bum. Com seus espíritos inovadores, os diretores selecionados irão mostrar filmes inéditos no Brasil, que competirão pelo prêmio de melhor filme do festival. Haverá debates depois das sessões entre diretores ou representantes dos filmes e o público. O prêmio oferecido será um incentivo a distribuição do filme vencedor no Brasil.
As Sessões Especiais Fora de Competição apresentarão três filmes de diretores brasileiros, de 2011: “Olhe pra mim de novo”, documentário de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, que foi convidado para integrar a seleção oficial do Festival de Berlim 2012. Além dele, haverá a estreia mundial de “Inesperado”, de Maria Augusta Ramos, e “Histórias que só existem quando são lembradas”, de Julia Murat, que recentemente obteve uma menção honrosa no Festival de San Sebastián e o prêmio de melhor filme e melhor atriz no festival de Abu Dabi.
Mesmo com os olhos voltados ao futuro, o 4º Festival Internacional de Paraty não deixará de exibir grandes mestres do cinema, como é o caso de Jafar Panahi, diretor iraniano que há poucas semanas teve confirmada sua sentença de prisão por seis anos e a perda dos direitos de escrever roteiros, dirigir filmes, sair do país e falar com a imprensa nos próximos 20 anos. O tribunal alegou que o cineasta estava “conspirando contra a segurança nacional e criando propaganda contra o Regime iraniano”. A Retrospectiva Jafar Panahi vai abrir o Festival exibindo “Isto não é um filme”, documentário realizado pelo diretor enquanto estava em prisão domiciliar, e que foi exibido no festival de Cannes deste ano. A Retrospectiva exibirá também os outros cinco longas-metragens de sua carreira como diretor, que já obtiveram prêmios como o Camera D´Or em Cannes e o Leão de Ouro em Veneza.
Entre novos filmes, retrospectivas, curtas e vídeos, nacionais e internacionais, espalhados em três diferentes espaços de exibição, o público encontrará seus preferidos e poderá ainda debater com os seus realizadores logo após cada sessão. “A programação será híbrida, contemplando cinematografias que às vezes escapam dos olhos do público brasileiro. Ao promover os debates entre o público e os cineastas aproximaremos diferentes culturas da nossa própria cultura”, conta Tatiana Leite, diretora de programação do festival.
Há também uma mostra especial que revela a atuação de atores em posição de diretores: a Mostra Atores Atrás das Câmeras, que exibe dois filmes inéditos no Brasil, “O pequeno alfaiate”, de Louis Garrel, e “Charly”, de Isild Le Besco. “O palhaço, que tem Selton Mello atuando e dirigindo também será exibido.
O Festival Internacional de Cinema de Paraty não poderia deixar os curtas-metragens de fora, portanto o segmento ganhou uma mostra exclusiva, com 11 filmes recentes dirigidos por novos talentos do cinema nacional, como “Pra eu dormir tranquilo”, de Juliana Rojas, “Duelo antes da noite”, de Alice Furtado e “Canoa quebrada”, de Guile Martins. A mostra pretende apresentar um conjunto conciso de filmes propositivos, radiantes e potentes à sua maneira, com a presença dos realizadores para encontros e conversas com o público após as projeções.
Ainda na programação de cinema, a Mostra Cine Tela será uma seleção dos melhores e mais recentes lançamentos no Brasil, com filmes para crianças e adolescentes, além de documentários, sucessos de bilheteria, filmes nacionais e a Sessão Maldita. “Um gato em Paris”, “Uma professora muito maluquinha”, “Daquele instante em diante”, “Trabalhar cansa”, “Bruna Surfistinha” e “A noite do chupacabras” são alguns dos filmes desta mostra. Haverá uma pequena homenagem ao cineasta japonês Hayao Miyazaki, exibindo para o público infantil “A viagem de Chihiro”, “O castelo animado” e “Ponyo – Uma amizade que veio do mar”.
Até dia 09 de novembro, o espaço Cine Tela terá como função a capacitação de 25 jovens de baixa renda de Paraty por meio da Oficina de Vídeo Tela Brasil. A iniciativa é da direção do 4º Festival Internacional de Cinema de Paraty ao lado da Buriti Filmes. As oficinas vão contar com aprendizados sobre roteiro, produção, fotografia, arte, som, direção, montagem, até a exibição de filmes. O produto final dessas oficinas, além do certificado que cada aluno receberá, serão três curtas-metragens exibidos durante o Festival.
Uma parceria entre a organização do Festival e o Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, deu origem à Mostra Eurochannel, que vai exibir cinco curtas-metragens, como “A gaiola” e “Velha montanha”.
Meta desde que assumiu a direção do Festival, via Sacip (Sociedade dos Amigos da Cidade de Paraty), Suzana Villas Boas ativou a reforma do Cine Paraty, na Praça da Matriz. O local é, agora, propriedade da cidade e será inaugurado em 2012 com alto padrão de qualidade. No dia 10/11, em evento para convidados, será assinado o contrato com a Prefeitura de Paraty para realização das obras. Um bottom foi criado para estimular o apoio de visitantes da cidade durante o Festival. A venda pelo valor simbólico de R$3,00, ele será a “chave” para retirada das senhas gratuitas para as sessões (sempre com uma hora de antecedência).
Para encerrar o 4º Festival Internacional de Cinema de Paraty, haverá a Sessão de Cinema do Programa Consciência Ampla na Tela na Quadra Poliesportiva Mangueira, no Parque da Mangueira a partir das 20h no dia 15 de novembro. O filme escolhido para encerrar o Festival é “O palhaço”, dirigido e estrelado por Selton Mello, que também faz parte da Mostra Atores Atrás das Câmeras. Uma hora antes da exibição, haverá recreação para as crianças e jovens locais. A idéia é que essa seja uma sessão popular com o objetivo de integrar ainda mais a população local ao conteúdo do Festival.
O Lab Paraty é resultado da junção de esforços da Villas Boas Entretenimento, criadora e organizadora do Festival, e da Esmeralda Produções, idealizadora e organizadora dos Laboratórios de Roteiros para Cinema em parceria com o Sundance Institute e com o SESC Rio.
Para o lançamento do Lab Paraty, o Festival convidou o diretor polonês Jerzy Skolimowski, que fará uma aula magna gratuita no Cine Paraty, domingo, 13 de novembro, ao meio-dia. Para ter acesso à aula, os interessados deverão retirar a senha uma hora antes da aula. Com mais de 20 filmes em seu currículo, Skolimowski já ganhou o Urso de Ouro do Festival de Berlim (“The Departure”), o Grand Prix do Festival de Cannes (“The Shout”) e Melhor Diretor no Festival de Veneza (“The Lightship”).
Skolimowski também integra o Júri da Competição Novos Olhares, que será composto pelo realizador argentino Daniel Burman e a cineasta brasileira Marília Rocha, recentemente homenageada com uma retrospectiva de seus filmes pelo festival suíço Vision Du Réel.
A curadoria do Festival Internacional de Paraty foi programada por Tatiana Leite, João Cândido Zacharias, Fabio Savino e Fernanda Taddei.
Segundo Suzana Villas Boas, Diretora do Festival Internacional de Cinema de Paraty, a programação para este ano é abrangente, revelando o que vem sendo feito de mais inovador na cinematografia mundial, sob um ponto de vista ousado, proporcionando ao público conhecer diferentes tendências artísticas do cinema contemporâneo.
Uma das novidades esse ano é a mostra competitiva Novos Olhares, que vai exibir oito longas-metragens de jovens diretores do mundo todo, como a francesa Mia Hansen-Love, o mexicano Matías Meyer e o sul coreano Park Jung-Bum. Com seus espíritos inovadores, os diretores selecionados irão mostrar filmes inéditos no Brasil, que competirão pelo prêmio de melhor filme do festival. Haverá debates depois das sessões entre diretores ou representantes dos filmes e o público. O prêmio oferecido será um incentivo a distribuição do filme vencedor no Brasil.
As Sessões Especiais Fora de Competição apresentarão três filmes de diretores brasileiros, de 2011: “Olhe pra mim de novo”, documentário de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, que foi convidado para integrar a seleção oficial do Festival de Berlim 2012. Além dele, haverá a estreia mundial de “Inesperado”, de Maria Augusta Ramos, e “Histórias que só existem quando são lembradas”, de Julia Murat, que recentemente obteve uma menção honrosa no Festival de San Sebastián e o prêmio de melhor filme e melhor atriz no festival de Abu Dabi.
Mesmo com os olhos voltados ao futuro, o 4º Festival Internacional de Paraty não deixará de exibir grandes mestres do cinema, como é o caso de Jafar Panahi, diretor iraniano que há poucas semanas teve confirmada sua sentença de prisão por seis anos e a perda dos direitos de escrever roteiros, dirigir filmes, sair do país e falar com a imprensa nos próximos 20 anos. O tribunal alegou que o cineasta estava “conspirando contra a segurança nacional e criando propaganda contra o Regime iraniano”. A Retrospectiva Jafar Panahi vai abrir o Festival exibindo “Isto não é um filme”, documentário realizado pelo diretor enquanto estava em prisão domiciliar, e que foi exibido no festival de Cannes deste ano. A Retrospectiva exibirá também os outros cinco longas-metragens de sua carreira como diretor, que já obtiveram prêmios como o Camera D´Or em Cannes e o Leão de Ouro em Veneza.
Entre novos filmes, retrospectivas, curtas e vídeos, nacionais e internacionais, espalhados em três diferentes espaços de exibição, o público encontrará seus preferidos e poderá ainda debater com os seus realizadores logo após cada sessão. “A programação será híbrida, contemplando cinematografias que às vezes escapam dos olhos do público brasileiro. Ao promover os debates entre o público e os cineastas aproximaremos diferentes culturas da nossa própria cultura”, conta Tatiana Leite, diretora de programação do festival.
Há também uma mostra especial que revela a atuação de atores em posição de diretores: a Mostra Atores Atrás das Câmeras, que exibe dois filmes inéditos no Brasil, “O pequeno alfaiate”, de Louis Garrel, e “Charly”, de Isild Le Besco. “O palhaço, que tem Selton Mello atuando e dirigindo também será exibido.
O Festival Internacional de Cinema de Paraty não poderia deixar os curtas-metragens de fora, portanto o segmento ganhou uma mostra exclusiva, com 11 filmes recentes dirigidos por novos talentos do cinema nacional, como “Pra eu dormir tranquilo”, de Juliana Rojas, “Duelo antes da noite”, de Alice Furtado e “Canoa quebrada”, de Guile Martins. A mostra pretende apresentar um conjunto conciso de filmes propositivos, radiantes e potentes à sua maneira, com a presença dos realizadores para encontros e conversas com o público após as projeções.
Ainda na programação de cinema, a Mostra Cine Tela será uma seleção dos melhores e mais recentes lançamentos no Brasil, com filmes para crianças e adolescentes, além de documentários, sucessos de bilheteria, filmes nacionais e a Sessão Maldita. “Um gato em Paris”, “Uma professora muito maluquinha”, “Daquele instante em diante”, “Trabalhar cansa”, “Bruna Surfistinha” e “A noite do chupacabras” são alguns dos filmes desta mostra. Haverá uma pequena homenagem ao cineasta japonês Hayao Miyazaki, exibindo para o público infantil “A viagem de Chihiro”, “O castelo animado” e “Ponyo – Uma amizade que veio do mar”.
Até dia 09 de novembro, o espaço Cine Tela terá como função a capacitação de 25 jovens de baixa renda de Paraty por meio da Oficina de Vídeo Tela Brasil. A iniciativa é da direção do 4º Festival Internacional de Cinema de Paraty ao lado da Buriti Filmes. As oficinas vão contar com aprendizados sobre roteiro, produção, fotografia, arte, som, direção, montagem, até a exibição de filmes. O produto final dessas oficinas, além do certificado que cada aluno receberá, serão três curtas-metragens exibidos durante o Festival.
Uma parceria entre a organização do Festival e o Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, deu origem à Mostra Eurochannel, que vai exibir cinco curtas-metragens, como “A gaiola” e “Velha montanha”.
Meta desde que assumiu a direção do Festival, via Sacip (Sociedade dos Amigos da Cidade de Paraty), Suzana Villas Boas ativou a reforma do Cine Paraty, na Praça da Matriz. O local é, agora, propriedade da cidade e será inaugurado em 2012 com alto padrão de qualidade. No dia 10/11, em evento para convidados, será assinado o contrato com a Prefeitura de Paraty para realização das obras. Um bottom foi criado para estimular o apoio de visitantes da cidade durante o Festival. A venda pelo valor simbólico de R$3,00, ele será a “chave” para retirada das senhas gratuitas para as sessões (sempre com uma hora de antecedência).
Para encerrar o 4º Festival Internacional de Cinema de Paraty, haverá a Sessão de Cinema do Programa Consciência Ampla na Tela na Quadra Poliesportiva Mangueira, no Parque da Mangueira a partir das 20h no dia 15 de novembro. O filme escolhido para encerrar o Festival é “O palhaço”, dirigido e estrelado por Selton Mello, que também faz parte da Mostra Atores Atrás das Câmeras. Uma hora antes da exibição, haverá recreação para as crianças e jovens locais. A idéia é que essa seja uma sessão popular com o objetivo de integrar ainda mais a população local ao conteúdo do Festival.
Lab Paraty
Outra iniciativa que será apresentada nessa quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Paraty é o Lab Paraty, série de laboratórios de cinema programada para 2012. “Queremos, a longo prazo, criar em Paraty uma estrutura inspirada no Instituto Sundance, com atividades permanentes vinculadas ao desenvolvimento do cinema brasileiro e ao aperfeiçoamento dos profissionais de cinema daqui”, conta Villas Boas.O Lab Paraty é resultado da junção de esforços da Villas Boas Entretenimento, criadora e organizadora do Festival, e da Esmeralda Produções, idealizadora e organizadora dos Laboratórios de Roteiros para Cinema em parceria com o Sundance Institute e com o SESC Rio.
Para o lançamento do Lab Paraty, o Festival convidou o diretor polonês Jerzy Skolimowski, que fará uma aula magna gratuita no Cine Paraty, domingo, 13 de novembro, ao meio-dia. Para ter acesso à aula, os interessados deverão retirar a senha uma hora antes da aula. Com mais de 20 filmes em seu currículo, Skolimowski já ganhou o Urso de Ouro do Festival de Berlim (“The Departure”), o Grand Prix do Festival de Cannes (“The Shout”) e Melhor Diretor no Festival de Veneza (“The Lightship”).
Skolimowski também integra o Júri da Competição Novos Olhares, que será composto pelo realizador argentino Daniel Burman e a cineasta brasileira Marília Rocha, recentemente homenageada com uma retrospectiva de seus filmes pelo festival suíço Vision Du Réel.
A curadoria do Festival Internacional de Paraty foi programada por Tatiana Leite, João Cândido Zacharias, Fabio Savino e Fernanda Taddei.
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