terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cinema brasileiro aposta no filão das biografias

Para quem faz curso de cinema é importante saber:


Sucesso de produções como 2 filhos de Francisco e Gonzaga - De pai para filho justificam o investimento

Conspiração Filmes/Divulgação
Breno Silveira dirigiu o filme sobre Gonzagão e o filho Gonzaguinha e agora estuda novos projetos


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Provavelmente, um dos primeiros filmes biográficos feitos no Brasil é Tico-tico no fubá, de 1952, sobre o compositor Zequinha de Abreu. Produzido pela Companhia Vera Cruz e com direção de Adolfo Celi, o longa-metragem tinha Anselmo Duarte no papel do protagonista e Tônia Carrero como Branca, a grande paixão de Zequinha. Desde então, vez por outra as chamadas cinebiografias apareciam nas telas pelo país, mas nos últimos anos, especialmente depois da retomada do cinema nacional, em 1994, com Carlota Joaquina, princesa do Brazil – apesar da forma polêmica que retratou a família real portuguesa e narrou a trajetória da espanhola que se casou com o herdeiro do trono, dom João VI –, esse gênero passou a ser mais explorado. O público do cinema já pôde conhecer mais a fundo personalidades como Cazuza, Heitor Villa-Lobos, Chico Xavier, Zuzu Angel, Olga Benário, Garrincha, Heleno de Freitas, o ex-presidente Lula e até Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha.
Responsável por um dos filmes biográficos de maior sucesso da história do cinema brasileiro, 2 filhos de Francisco – A história de Zezé di Camargo e Luciano, o diretor Breno Silveira lançou recentemente Gonzaga – De pai pra filho, que mostra a conturbada relação entre Gonzagão e Gonzaguinha e que já bateu o público de 1 milhão de espectadores. E o diretor avisa: sua próxima empreitada deve ser mais uma cinebiografia, mas ainda não definiu sobre quem. “Tenho vários projetos interessantes. Algumas biografias estão comigo há anos, como a do navegador Amyr Klink, que pretendo fazer algum dia e que, inclusive, cheguei a escrever o roteiro, assim como a do Éder Jofre; e tem também a história do Lampião, que me fascina bastante”, diz.
Breno conta que, quando filmou 2 filhos de Francisco, não queria produzir algo semelhante tão cedo, mas começou a perceber o quanto o assunto é instigante e como é importante para um país conhecer a sua própria história e seus personagens. “E a biografia serve a esse propósito. O Brasil é um país muito novo e carente disso. O cinema mundial investe nesse filão há muito tempo e acho extremamente válido esse movimento por aqui. É bom pra gente se entender”, acredita.

Julia Schmidt/Divulgação
O ator Thiago Mendonça, que fez o papel do sertanejo Luciano em 2 filhos de Francisco, encarna Renato Russo em Somos tão jovens
O cineasta acrescenta que há muitos desafios quando se embarca em iniciativas como a de Gonzaga ou 2 filhos de Francisco, até porque cada um narra o seu ponto de vista e o aprofundamento é mais intenso. Mas o que deve importar é mostrar o personagem da maneira como ele realmente é. “Biografia é sempre mais complicado de fazer do que outro tipo de filme. É difícil ser completamente fiel às datas; tem sempre um questionando se aconteceu em tal dia ou não. Todo mundo tem a sua própria história na cabeça.”
“No caso de 2 filhos de Francisco“, lembra Breno Slveira, “o Zezé contava de um jeito, o Luciano de outro, o seu Francisco tinha uma versão totalmente distinta. Não que eles estejam errados, mas as pessoas têm visões diferentes sobre a mesma coisa. O que conta é entender um pouco o conteúdo e a alma desses personagens. É isso que a gente não pode trair. Os detalhes não importam”, destaca.
Emoção Quem também está envolto com uma grande história é o diretor, produtor e roteirista Antônio Carlos da Fontoura que acaba de finalizar Somos tão jovens, ainda sem data de estreia, e que vai mostrar como Júnior se transformou em Renato Russo, o maior mito do rock brasileiro. A produção, que tem Thiago Mendonça como protagonista – o ator já interpretou outra figura da vida real, o sertanejo Luciano – mostra a Brasília de 1976 a 1982, quando começaram a surgir bandas como Aborto Elétrico e Legião Urbana, e o papel de Renato Manfredini nesse processo.
“Ele é o motor de toda aquela turma da capital federal que tinha gente como Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, Dinho Ouro Preto”, justifica Fontoura. “Já tivemos documentários sobre ele,....continua em Agenda
O Estado de Minas

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