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segunda-feira, 18 de junho de 2012
Cinema brasileiro terá cota de programação com nova legislação
Cinema nacional será beneficiado com as cotas de programação
As cotas de conteúdo nacional criadas pela Lei 12.485/11 devem aumentar a demanda por filmes nacionais no horário nobre
Coprodução será a melhor maneira de garantir títulos locais para as grades dos canais
São Paulo - Os 15 canais com grade especializada em filmes da TV por assinatura brasileira exibiram filmes 5.738 vezes em 2010. Destes, 908 exibições, o que representa pouco menos de 16%, eram de filmes nacionais.
A grande maioria dos títulos locais, no entanto, estava concentrada em um único canal, o Canal Brasil, que exibiu filmes brasileiros 844 vezes. Nos outros 14 canais, apenas 1,3% das exibições de filmes era de títulos brasileiros.
Os números foram apresentados por Sergio Sá Leitão, presidente da RioFilme, nesta terça, 5, no Fórum Brasil de Televisão. "O cinema brasileiro na TV por assinatura está circunscrito a um gueto", disse.
As cotas de conteúdo nacional criadas pela Lei 12.485/11 devem aumentar a demanda por filmes nacionais no horário nobre, aponta ele. "Devemos ter 2,3 mil exibições de filmes brasileiros na TV paga", conta.
Segundo Sá Leitão, a coprodução será a melhor maneira de garantir títulos locais para as grades dos canais. "O perfil dos filmes pode mudar. Os produtores vão pensar nas grades dos canais na gênese das obras", sentenciou.
Segundo Sá Leitão, o cinema brasileiro vem crescendo em volume de títulos e de recursos investidos na produção. No entanto, vem perdendo market share no mercado interno. "Não temos uma política eficaz para o cinema comercial", disse, destacando que seis ou sete filmes são responsáveis pelo grosso do share do cinema nacional anualmente. "Precisamos de uma meritocracia e de mecanismo (de fomento e financiamento) automáticos, em função de performance", disse.
A própria TV é apontada pelo presidente da RioFilme como um mecanismo importante para fortalecer o cinema nacional. Segundo ele, a TV pode ajudar exibindo, coproduzindo e divulgando o cinema brasileiro.
fonte: revista exame
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